quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Minha Natureza

Você é como a brisa da praia de Icaraí
que acaricia meu rosto nos dias calmos.
Você é como o ar sereno da madrugada
que enche meus passos de sonhos.
Você é dia e noite, sol e chuva.
Frio e calor numa só figura linda
e pela qual sou entregue e passivo.
Quero você como quero ao mar, como
quero às trilhas, como quero à vida.
Quero você livre.
Quero sonhar teus sonhos,
seguir teus caminhos, ser em
teus passos o que sou de mais verde e vivo.
Quero que sejas o que és e o que queiras
ser. Quero tua beleza perto de mim.
Livre, bela, e seguindo...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Trecho de "Amor Lúdico"

"...Então te engano.

Te minto e te iludo,

quando não te beijo ao

olhar em teus lábios,

quando não te juro amor eterno e irrestrito

em nossos breves diálogos,

quando finjo que é mais uma

em meu caminho hodierno..."

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Verde e Lindo

Abraço

Segurar é mais que sentir em mãos.
É ser em mãos o que se é de leve.

E a leveza que por hora havia em
Desencontro, no escuro.
Por agora vejo, meio assim
De relance.
Só o luzir da peça etérea
Me guia a si mesma.
E por pura vontade
De me ser o que outrora fora
Verde e lindo e que por agora
Já não me aquece os olhos,
Busco.
E buscar já é o início de um
Começo melhor.
De uma beleza mais bonita.
De estar de novo
Solitariamente
Em paz.

Meus Signos

Porque Escrever É Olhar Pro Eu

Escrever é abraçar-me a mim mesmo.
Como se as letras e as palavras e as
Frases acolhessem acalentadoramente
A abstração do eu.
Como se eu sentisse mais aconchegado
Em meio abstrato e subjetivo
Dos símbolos e signos traçados a tinta
E celulose.
Como se o sentido tomasse forma
Por alguns instantes. Por poucos, mas
Preciosos instantes no espelhar do
Papel pintado. (Mesmo que não exista papel
Nem tinta na tela de um PC. Pois a própria tinta
E o próprio papel se tornam imagens de uma
Tinta e um papel que temos como objetos
Abstratos imaginários em
nossas falhas mentes.)
Vê ele mesmo solidificado.
Concreto, mesmo ainda não seco.
E assim reconhecer-se a
Sua própria existência.

A Flor da Vida

O Mundo Árido E A Tese Da Vida

A forma do mundo
É o mundo que se apresenta.
O mundo belo e vivo que pulsa e sorri
Se esfarela por entre os
Dedos dos meus olhos.
Na aridez de meu estômago
Que reluta em aceitá-lo,
Só enxergo o deserto da
Matéria que me abraça
Como quem agoniza e suplica
Pelo que outrora fora verde
E pulsava com vivacidade
Uma outra realidade mais
Brilhante e palatável do
Que o fel que estou obrigado
A digerir.
A realidade é inóspita
É como ter nascido sem pai.
É ser sem existência.
É ter unicamente o
Aleatório como propósito.
Viver passa a ser unicamente
Um infortúnio orgânico
E Deus uma sombra sem formato.

Sentir e pensar se confundem
Pela dormência da pele.
Só a sede me traz saudade,
De crer nas velhas histórias,
Do sorriso que não vejo.
Do mundo em que nasci.

Mas não se volta.

Estou cansado da morte,
Do mundo morte, dessa aridez.
De toda essa areia que me cerca
E da qual não vejo fim.

Quero plantar no aqui, meu
Novo mundo, meu novo Deus,
Minhas novas flores.
Quero a tese da Vida.

Peito Orgânico

A Idéia Da Morte E O Mundo Que Não Sou

Comunista é aquele que apara as pontas
Do mundo em seu peito desnudo.

Eu sou comunista
E o mundo é aço afiado.

Eu sou orgânico
E o mundo é aço afiado.

Eu sinto dor
E o mundo é aço afiado.

Por isso a hesitação no mergulho
É tão real quanto a natureza
Do mundo.
Mundo da idéia do aço,
Da idéia da dor.
Que me dói por enquanto,
Enquanto o mundo não me for.