O Mundo Árido E A Tese Da Vida
A forma do mundo
É o mundo que se apresenta.
O mundo belo e vivo que pulsa e sorri
Se esfarela por entre os
Dedos dos meus olhos.
Na aridez de meu estômago
Que reluta em aceitá-lo,
Só enxergo o deserto da
Matéria que me abraça
Como quem agoniza e suplica
Pelo que outrora fora verde
E pulsava com vivacidade
Uma outra realidade mais
Brilhante e palatável do
Que o fel que estou obrigado
A digerir.
A realidade é inóspita
É como ter nascido sem pai.
É ser sem existência.
É ter unicamente o
Aleatório como propósito.
Viver passa a ser unicamente
Um infortúnio orgânico
E Deus uma sombra sem formato.
Sentir e pensar se confundem
Pela dormência da pele.
Só a sede me traz saudade,
De crer nas velhas histórias,
Do sorriso que não vejo.
Do mundo em que nasci.
Mas não se volta.
Estou cansado da morte,
Do mundo morte, dessa aridez.
De toda essa areia que me cerca
E da qual não vejo fim.
Quero plantar no aqui, meu
Novo mundo, meu novo Deus,
Minhas novas flores.
Quero a tese da Vida.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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