terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Mundo Anarquista? Quando????

A despeito do conceito do modo de vida d'uma civilização pós-revolução anarquista,teríamos um modo de vida padronizado onde todos teriam consciência de seus deveres e direitos para com a sociedade.A minha questão à discussão é a seguinte:com os atuais valores de culturas relativizadas,onde cada vez mais se reduz a cultura ao nível individual,como uma sociedade pós-revolução poderia se sustentar nos dias de hoje?

Vendo que valores gerais são cada vez mais contestados pelas ciências atuais(em especial pela antropologia),de forma que - como já foi dito por Bower - a nossa sociedade torna-se cada vez mais "líquida",como seria possível a realização da revolução nos dias de hoje? As pessoas poderíam de forma fácil e natural abandonar sua cultura relativista para então poder pensar no todo? E essa nova sociedade?:seria ela mais mecanizada devido à falta de dinâmica que o atual sistema e sua cultura projetam?

Como revolucionar as mentes,e não apenas o sistema? A filosofia anarquista vai de encontro com filosofias crentes numa verdade única e universal? Como combater o relativismo,se essa for a questão?

10 comentários:

Anônimo disse...

é a crise do homem ultra-moderno, ou pós-moderno ou sei lá ultra-moderno........valorizamos a razão com o iluminismo, abraçamos a ciência do século XIX e fomos engolidos pelo capitalismo no séculoXXe pela que da do socialismo. Revolução nos dias de hoje como??? Se as relações se encontram cada vez mais impessoais, os intelectuais cada vez mais desacreditados e aquele homem que observava analisava e experimentava não serve mais como modelo de transformação....masi questões menos respostas....

Subvhersivo disse...

Não há nada de errado no relativismo enquanto ferramenta para a percepção da alteridade. O relativismo como você coloca não sei se existe ou se existiria, pois com o sentido que se expõe no texto, se assemelha com o niilismo e nunca estivemos tão distantes de um niilismo social quanto hoje. O que percebo em nossa sociedade não é uma relativização de valores, mas uma espécie de "comercialização" de valores. Existe sim uma verdade absoluta vigente e podemos percebe-la todos os dias nos meios de comunicação, principalmente em aqueles que se dirigem à grande massa. O próprio individualismo que temos é tão somente artifício legitimador da da competição social, base estrutural da verdade ideológica do império do mercado. Essa ilusão que nos paira de que o mundo é feito de milhões de culturas que funcional ideologicamente independente das demais é fruto das necessidades que o mercado cria pra se estabelecer de forma silenciosa em nossas tão seguras vidas.

Subvhersivo disse...

Acho q não devemos nos preocupar em como o mundo será no anarquismo, mesmo por que a sociedade é fruto de nossas idéias enraizadas no mundo material, que por sua vez é fruto da nossa produção originada no mundo das idéias, dialeticamente. O que devemos nos preocupar hoje, creio eu, é em como vemos o mundo e como podemos muda-lo baseados em nossa visão, mesmo que as vezes torta ou destorcida pelas falsas verdades postas em nossas mentes.

Subvhersivo disse...

Muito boas perguntas, mas não concordo com a cultura indivializada a esse ponto. A sociedade continua a ser e sempre será o grande super-ego dos individuos. Mesmo numa sociedade anarquica, os homens só aprenderão a viver em comunhão se lhes forem proporcionados as bases necessárias para o respeito, a compreenção, a solidariedade, e o equilíbrio interior que se refletirá na sociedade, e então para quem nascer nesse mundo a anarquia ou o comunismo serão palavras sem sentido.

Subvhersivo disse...

Enquanto isso, continuo um anarquista comunista bem esforçado.

Minino Grunge disse...

Será mesmo que estamos distantes de um niilismo? Mesmo a despeito do relativismo?

E a comercialização dos valores...não dar-se-ia pelo "ismo" mais absurdo:o consumismo? Sendo esse uma expressão evidente do relativismo,quando tudo o que se consome vale de acordo com o interesse pessoal e individual daquele que se apodera. Isso sim é relativo...e isso nos indivulaliza cada vez mais...
Ou não não...como pretendo continuar questionando em futuras publicações.

Unknown disse...

E como proporcionar as bases necessárias para o respeito, a compreenção, a solidariedade. Im posssível neste mundo tão individualista em que vivemos...? e que equilíbrio interior?!?!? O homem não é movido pela razão e sim pela necessidade!!! Equiliíbrio interior é algo que nunca se alcançará, sempre vai existir algo a ser conquistado ainda... Revolução? essa é uma palavra que realmente deveria ser extinta do nosso dicionário!!!! Ah ...

Subvhersivo disse...

Consumismo tá longe de ser um tipo de relativismo. o consumismo é uma verdade cultural do capitalismo. Não existe essa história de individualismo de verdade. As pessoas agem, se movem, valorizam o que o mercado diz se é certo ou não valorizar, se é certo ou não comprar. É uma verdade e não a relativização da verdade como nosso caro professor Paulo Faitanin nas suas aulas de tomismo costumava dizer. É uma falácia muito grande achar que nos encaminhamos para um niilismo ou o completo relativismo da verdade, mesmo porque a "verdade" strito sensu é o valor social e ela se transforma de acordo com a dinâmica da relação produção (seja econômica, intelectual, ou de qualquer tipo) e necessidade, sendo uma fruto da outra. Mas por favor não entremos nessa filosofia escolástica de achar que ou existe uma verdade absoluta ou tudo é relativo. As coisas não são tão simples assim.

Minino Grunge disse...

extremos são muito perigosos...
não importa opiniões ou conceitos. como disse meu grande amigo:"as coisas não são tão simples assim".mas estarei sempre aqui questionando tudo isso...

Anônimo disse...

eita papin complexo
e da eh pano p manga
nem vo falar nada
hUAhUAhUAHUAH
so q t amo ta baum?
rs

e d onde surgiu esse monte de gente ai?!?!?1
beijocas