Deixo então minha rainha. Minha princesa e meu reino.
Sigo meu destino. Minha ventura pelo mundo.
Meu coração já não me pertence.
Mora em lugar que ainda não conheço.
Solitário em minha montaria bela e bravia.
Saio errante com a força que nunca me havia.
Com a potência que não me sabia existir.
Sou forte e sozinho pelo andar dos caminhos.
Mas sei que, ao sair das sombras de meu castelo,
Posso não encontrá-lo meu em meu retorno.
Passo o risco de perder minha rainha e princesa.
A consciência de tal imagem me é inevitável.
Mais inevitável é a premência de minha partida.
Parto e busco o que nunca vi. Pelo meu castelo.
Pela minha rainha e pela minha princesa.
Pelo meu reino que empunho a espada.
Pelo meu povo que me lanço no nada.
Por mim que um dia retornarei comigo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
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